CONSOLO PARA A MULHER DO PRÓXIMO
Quando morava em Curitiba, desfrutava os prazeres da vida noturna com meu amigo Marlos, um sujeito boa-pinta, bom de papo, mas muito grosseiro com as mulheres. Foi ao lado dele que conheci Tati, uma morena extremamente sensual, de boca carnuda e cintura fina. Infelizmente — ou felizmente —, Marlos não soube cultivá-la e eu pude conhecê-la melhor, estudando uma forma de abordá-la. Num domingo ensolarado, passava pela Avenida Batel e encontrei Tati desfilando no carro conversível. Logo vi que ela estava chateada e tomei a liberdade de convidá-la para um bate-papo. Ela logo topou e, no desabafo, disse que estava chateada porque Marlos era muito ciumento e a maltratara. Estava decidida a não procurá-lo mais e falava isso com lágrimas nos olhos. Foi aí que, para consolá-la, coloquei a cabeça de Tati no meu ombro e abracei. Limpei os olhos borrados da morena e tomei o rosto dela nas mãos para beijá-la. Nossas línguas se embolaram num ritmo alucinante como querendo se achar há tempos. Puxei a